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Para o Norte
Para o norte apoquentado
(Irreal de sonho lesto)
Atirei da vida o fado
Já por não ser manifesto
E depois de erguido o gesto
E do verbo já falado
É que vejo quanto presto
Quando tudo é consumado.
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Promissão
Ai a promissão devida
Ao lamento e mar vermelho
Do que sofro e atravesso...
Era voltar-me do avesso,
Homem - novo, jamais velho;
Ter e cantar outra vida.
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Maroiço -Para João de Menezes
Este coral de encantamento
É voz do mar?
É vento?
E referver de vinho no lagar.
É remo de canoa ou mel de figo
um cesto na cabeça
Comer e estar contigo.
Como eu te apeteci
Oh!Pico amigo
Sim, agora aqui
Como se fosse
a chamarrita à roda
mais o verdelho doce
uma alegria toda
e uma saudade grande.
Eu te ouço
Ainda atento
Pico? mistério? Encantamento?
Exacto: Um povo herói
da pedra e bago
erguido num maroiço
e que além de mim se espante
E dentro em mim eu trago.
E a fronte da Montanha
Qual rainha
é coroada em rosas.
Que o Sol desenha
esplendorosas,
Como convinha...
Meu Deus: Que não se cala a voz que oiço
Neste coral de pedras em maroiço!
S. Sebastião, Setembro 1965
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Vartiações para Iracema
Se o mar não existisse
Não existiam ilhas.
Nem do amor a onda
Salgando as despedidas...
Sábio de mel... que fosse
Suavisando o amargo
De ser e de ficar só,
Igual, insatisfeito!
Virgem do Sol e clave
Em minuete ingénuo
Como o tempo dançou
A tua partitura!
Muito alta a Montanha
Tal como a tua glória
De seres mãe do Espírito
E eu, mais que aluno, filho.
Pois sim: Até à vista
O mar é saudade
E as ilhas todas são
Variações em ...Ti
Madalena, 1965
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Salvé
a mons. Pereira da Silva
Ao ombro da Montanha te amparaste
de membro,
E a luz que na alma trazes foi a haste
para o teu passo e destino.
E lá do alto a tua voz
E o gesto
fundiram-se no verbo incandescente
E manifesto
Ao bem de todos nós,
Perfeitamente.
E a imolação chegou ao Jubileu
(É muito forte o Amor)
O voto é ser total, além no céu.
Salvé, Senhor!
Madalena -1965
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Espera
Sei que para além da nuvem
Está presente a Montanha...
Mas para além dos teus olhos
Quem será que perde ou ganha?
É um jogo às escondidas
Ou cabra-cega teimosa!
Pois a vida é o amor
Da alma que não repousa
E depois os ramalhetes
Que trouxe a luz? Não descansa
Minha fronte assim nublada
Sempre à espera da Esperança.
Pico - Agosto de 1965
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Pergunta
Foram teus olhos remédio
Para as dores que sofri.
Quando, um dia, se fecharem
Que será de mim sem ti?
O teu sorriso divino,
Bálsamo do que eu ouvi,
Quando um dia fenecer
Que será de mim sem ti?
As tuas mãos me embalaram
Com geito que igual não vi...
Quando um dia regelarem
Que será de mim sem ti?
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