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Juras
É muito sério jurar
Mas eu não jurei em vão.
Eu jurei de te encontrar
Dentro do meu coração.
Fiz a jura de encontrar-te
E não falto ao meu amor
Hei-de andar por toda a parte
Seja lá por onde for.
Visão
Passaro de fogo e o vento
Impelindo as tuas asas
Para incêndio com que abrasas
Minha certeza e tormento.
E os cavalos vem trotando
Com seus cadáveres em cima
Último poema sem rima
As trombetas vão tocando.
E tu chegaste depois
Para veres quem sou eu.
Não te enganaste: o plebeu
Não estava entre os heóis!
Mas a tua mão alada
Não me deixou esquecido:
Fez vencedor o vencido
Como o tudo fez do nada.
Segredo
Estrangulada nos lábios
A palavra já morreu...
Fica a ideia para os sábios
Se o cadáver não for eu.
É que o silêncio é de oiro,
Bem o sinto. E depois há-de
Aparecer o tesoiro
Com riquezas de verdade
Não venham bater-me à porta
A pedir palavra dita.
Que a palavra já está morta
E nunca mais ressuscita.
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