Quadras (II)
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Por este amargo de boca
Flor de martírio apoquenta:
Pois não será coisa pouca
Mergulhar-se na tormenta
E talvez não ter bem cheia
A mão da vida feliz.
(Verbo e luz, antiga ceia
Se renovs do que não fiz)
Surte-se o páramo anseio,
E no entanto, o momento
de ser esvai-se. Receio
o que seja e me atormento
A chaga na mesa posta
Goteja o doce convite,
A boca amarga a resposta,
Martírio a que não hesite
Ser quanto seja, alma boa
Voto formulado. Então
Reabre a flor, e ecoa
Do meu ser em amplidão