Coelho de Sousa: Mãos ungidas
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Como sou feliz voando sem ter asas!
No céu do meu ideal não há distâncias
Os vales e as montanhas: campo raso
Amar é ponte sem espaço nem lugar:
No céu do meu ideal
É sempre dia claro a mais de 30 graus
Que eu sinta o coração a arder…mas sem ter brasas
E há uma só estação
Com vinho e mesa farta, em mesa posta
Assim os roseirais são óleo
Ainda que rasgada minha alma
- O trigo só é pão à mó do moinho
e quando queima o fogo
E só morrendo a uva, nasce o vinho
Como eu sou feliz voando sem ter asas
Pois as mãos ungidas voam mais que asas.
S. Rafael, 15-VIII-954