Coelho de Sousa: Mar Azul
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Mar Azul
Porque há-de ser sempre azul
O mar que tenho diante?
Dizem que o azul é ciúme
De algum amor inconstante.
Pois será que o mar amou
Com tal força ou denodo
Que se ficou todo azul?
E não tem mais cor ou modo.
Bravo ou manso: Oh! mar azul
Esse bramir é queixume
Que fazes de encontro à terra
devorado pelo ciume?
Tanto beijo deste às praias
Que as ias todas comendo...
Teu amor foi vendaval...
Fosses calmo e não horrendo...
Por isso a terra jurou
Dar ao sol o seu amor
E tu morres de ciume
Mar azul, sem outra cor!