Padre Coelho: Segredo
Segredo
Estrangulada nos lábios
A palavra já morreu...
Fica a ideia para os sábios
Se o cadáver não for eu.
É que o silêncio é de oiro,
Bem o sinto. E depois há-de
Aparecer o tesoiro
Com riquezas de verdade
Não venham bater-me à porta
A pedir palavra dita.
Que a palavra já está morta
E nunca mais ressuscita.