Coelho de Sousa: Visão
Visão
Passaro de fogo e o vento
Impelindo as tuas asas
Para incêndio com que abrasas
Minha certeza e tormento.
E os cavalos vem trotando
Com seus cadáveres em cima
Último poema sem rima
As trombetas vão tocando.
E tu chegaste depois
Para veres quem sou eu.
Não te enganaste: o plebeu
Não estava entre os heóis!
Mas a tua mão alada
Não me deixou esquecido:
Fez vencedor o vencido
Como o tudo fez do nada.