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ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

Coelho de Sousa: O Homem que não Cabia Dentro do Padre (II)

DSousa, 21.10.05

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<P><A href="http://photos1.blogger.com/img/99/2608/320/csousaproc1166x360a1.jpg"><IMG style="BORDER-RIGHT: #660066 1px solid; BORDER-TOP: #660066 1px solid; MARGIN: 2px; BORDER-LEFT: #660066 1px solid; BORDER-BOTTOM: #660066 1px solid" src="http://photos1.blogger.com/img/99/2608/320/csousaproc1166x360a1.jpg" border=0></A> </P><A
<P>O livro agora reeditado,sendo uma obra de juventude — porque reúne poemas escritos por volta dos anos de 1953-1954, quando o Pe. Coelho era um jovem sacerdote —, é muito interessante, mais do ponto de vista do seu conteúdo do que da qualidade poética. </P>
<P>Neste livro, o jovem sacerdote utiliza a poesia como um meio para fazer chegar aos outros, e também a ele próprio, os valores fundamentais da doutrina cristã, o que fica exemplificado no pequeno poema com que encerra o livro: </P>
<P><EM>Eu creio, </EM></P>
<P><EM>Adoro, </EM></P>
<P><EM>Espero Aquém e Além. </EM></P>
<P>[p. 56] </P>
<P>Neste poema, temos o drama do homem terreno que se sente parte da obra divina: tem fé, adora a Deus, e tem esperança na vida que há-de vir - o Além - mas sem esquecer que, como homem, dotado de corpo e sujeito às circunstâncias da vida na Terra, também tem que ter esperança — por outras palavras, confiança — na vida de todos os dias — o Aquém. </P>
<P>Esta é uma característica da poesia do Pe.Coelho: homem de fé, homem da igreja, ele foi também um homem do seu tempo, da sua terra, das pessoas com quem, e sobretudo para quem, viveu. </P>
<P>E todos aqueles que o conheceram sabem a que dimensão humana do P.e. Coelho eu me refiro: a dimensão do homem da Igreja que não abdica da sua dimensão de Homem, nem do seu direito a participar na intimidade de Deus, porque o Homem, com todos os seus defeitos e qualidades, começou por ser criado por Deus à imagem de Si próprio: </P>
<P><EM>Deus! </EM></P>
<P><EM>Aquele que é por ser quem é, somente </EM></P>
<P><EM>Igual a si e a mais ninguém </EM></P>
<P><EM>Mas que hei-de ver, gozar eternamente. </EM></P>
<P>[p. 55] </P>
<P>O Homem — sacerdote, mas homem - que é Coelho de Sousa não desiste do seu direito de “ver, gozar eternamente” a Deus, com uma razão de peso que ninguém poderá contestar: o ser humano, cada um de nós, afinal, é uma criatura, urna obra, desse mesmo Deus. </P>
<P>Esta característica da obra poética do Pe. Coelho de Sousa — o drama de ser Homem e não querer abdicar do convívio de Deus — ficou muito bem explicada no pequeno mas brilhante prefácio que o Prof. José Enes escreveu para este livro,e que agora é de novo editado.</P>
<P>(cont) </P>