Com estas letras de Coelho de Sousa sobre o tema joanino, terminam-se os inéditos do chamado caderno de uso escolar "exercícios nº 50”, cuja capa se volta a reproduzir.
Por agora, apenas uma observação sobre as letras para as marchas de S. João. Inicialmente, quando comecei a sua publicação no “Álamo Esguio”, julguei tratar-se da letra para uma marcha da freguesia da Feteira, da Terceira, para participação numas Festas Sanjoaninas.
Quando as reli para a publicação, verifiquei que, de facto, se trata de letras diferentes para duas marchas também diferentes.
Pelo destino e pela temática.
A destinada à Feteira tem a menção expressa deste destinatário.
Tem título próprio – S. João dos Namorados.
É constituída por cinco estrofes devidamente numeradas (caso raro, para os hábitos de CS) e refrão.
O seu tema é o namoro, o rapaz/moço e a rapariga/moça, enquanto namorados, a chama da fogueira e o ardor do amor.
Por outras palavras, trata-se do tema tradicional do S. João casamenteiro.
A outra é constituída por 11 estrofes e um refrão.
Nesta última, faz-se alusão explícita a São Sebastião, no último verso do refrão.
O que não faria qualquer sentido, numa marcha destinada a um grupo da Feteira, mas faz todo o sentido se ela tiver tido como destinatário um grupo de marchantes da Vila de São Sebastião, onde Coelho de Sousa era pároco.
Além disso, embora mantendo as referências aos temas mais tradicionais do culto popular a S. João (fogueira, amor e paixão) o tema de fundo é a dança, como roda, à semelhança das voltas da roda da vida.
Vamos rodar na roda do amor, na noite e nas danças de  S.João, e vamos rodar toda a vida na roda da vida com amor.
Juntando-se ainda alusões a outras práticas da magia e das crenças populares ligadas a S. João, como os bilhetinhos ao luar e as velas acesas no seu altar.