"Na Rota da Emigração Amiga": Coelho de Sousa resolve escrever sobre a viagem
"Vou, então, fazer por escrito, algumas crónicas do que vi e ouvi. Do que observei e reflecti.
Nem tudo virá a lume. É que nem tudo cabe neste papel. Nem tudo interessaria aos leitores. Nem de cá nem de lá. Seria prelenga alongada e escusável.
Portanto algumas pinceladas de boa cor e melhor certeza. Isso sim. E acima de tudo, uma prova do respeito que me merecem os nossos emigrantes. E mais ainda aqueles que, de perto, e com altíssima generosidade me acolheram e levaram por milhas sem fim, num abraço acolhedor e generoso que jamais olvidarei.
Oxalá ficassem estas crónicas, à maneira daquelas que o inesquecível P.e Simões da Ribeirinha acusava aqui neste jornal nas suas idas e vindas por essas terras de Deus. Ou melhor ainda, que elas fossem como foram as do P.e Xavier Madruga que deixou escrito tudo quanto viu e ouviu por terras da Europa, em páginas de oiro descritivo que lembro e venero.
Eu serei mais simples e mais rápido. Que o espaço e o tempo, e sobretudo, a paciência dos leitores não aguentariam quanto me ficou marcado no espírito e no coração."