A rotina é terrível. Cansativa. Amarfanhante.
Tudo o que se faça por rotina é fosco, sombrio na cor. E no sabor é insonso e repelente.
Porque não és frio nem quente - és morno, rotineiro - provocas o vómito. Enojas. A companhia dos rotineiros, no trabalho, no jogo, na arte ou na religião, é incómoda. Ninguém sabe de que lado sopra o vento. É uma incógnita indecifrável. Nem é doce nem amargo. Insípido, é o que ele é.
A rotina é monocórdica. Toca sempre a mesma música. Normalmente em tom menor. É triste. Talvez faça chorar de lástima. E quando fala é monótona. No diálogo é repetitiva, atrofiada.
O passado é história morta. O presente agoniza e o futuro desespera. Ou então encolhe-se na misantropia do solilóquio retraído.
Por isso na variedade equilibrada, está a beleza e alegria, a simpatia e santidade duma vida com altos e baixos e muita coragem confiante.
. ...
. Logo
. Alamo Oliveira: Coelho de...
. O testemunho de Álamo Oli...