"Migalhas": das pedras mortas às pessoas vivas

Vamos hoje olhar para as ruas da nossa cidade...são as veias da nossa urbe. E todos somos os glóbulos a correr doidamente por elas na azáfama constante, às vezes delirante, da nossa existência nem sempre calma.
Deixa as ruas mais modernas, as betuminosas com o negro do asfalto.
É talvez mais cómodo, rentável, fácil e duradoiro... Falemos das ruas de paralelepípedos. Eram e são mais clássicas. Os romanos fizeram as ruas lageadas. Os portugueses teceram-nas rústicas. Depois alinharam-se em aduelas, os palelepípedos maciços, todos agarrados uns aos outros, bem tranquilhados com areias e às vezes argamassas fortes, para durarem, suportarem rodados de carros de bois e cavalos, os trens e carroças... E depois os automóveis de todos os tamanhos e feitios...
Repara: muitos paralelepípedos fazem ruas, caminhos por onde transita a vida.
As pessoas não são pedra nem de pedra. Mas importa que sejam unidas, que se dêem a mão, para fazerem todos bom caminho em melhor vida.