Domingo, 2 de Janeiro de 2005
As "Migalhas" da "Boa Nova" e a "Boa Nova" em "Migalhas"
- "Migalhas" e "Boa Nova" foram as duas últimas obras publicadas por Coelho de Sousa. A primeira, em 1987 e a segunda, em 1994.
- Ao contrário das outras três obras publicadas em vida de Coelho de Sousa - (Poemas de Aquém e Além (1955), Três de Espadas (1979), e Na Rota da Emigração Amiga (1983) - aquelas duas últimas obras obedecem a preocupações pastorais e sacerdotais de catequese e apologética pastoral e religiosa, do ponto de vista do seu conteúdo concreto, e resultam da compilação de notas e apontamentos de reflexão diária, publicados, originalmente, no Jornal "A UNIÃO", de que Coelho de Sousa foi Chefe de Redacção e Director, durante anos.
- Da introdução a cada uma delas, respigamos as afirmações que anunciam estas características.
- Nas "Migalhas", diz Coelho de Sousa, em texto que designa de "Aperitivo":
- "No banquete desta vida peregrina, tantas vezes, a Verdade e o Amor aparecem poluídos por ideologias erradas. Por isso, no dia-a-dia do velho jornal "A União" se foram deixando estas simples migalhas de verdade e amor para conforto de possíveis leitores, que apreciam este Pão-Nosso divino e humano.
- Para que tais migalhas não se perdessem na sina efémera dum jornal diário, e a pedido de muitos leitores, elas aí ficam arquivadas neste pequeno volume, com a mesma simplicidade de origem e amigo papel de arquivo".
- Na "Boa Nova", 7 anos passados, sob o título Voltamos... diz-se:
- "Feliz o escriba que sabe e pode tirar coisas velhas e coisas novas do seu tesouro-arquivo. E muito mais feliz será, sabendo que o Senhor da Verdade e do Bem, se revela, de preferência, nos pequeninos.
- Tentou-se que assim fosse, quando aqui, migalhas de Amor, se puseram na mesa da comunidade.
- Agora a fonte, o tal tesouro-arquivo será, de novo, a Bíblia, plena de coisas novas e velhas, com sabor profético e apostólico de Boa-Nova, Evangélica. (...) Voltamos forçados pelos empenhos generosos de muitos leitores."