Coelho de Sousa:Angra, poema aberto em pedra e cal (I)
Angra, por ti, última vez,
Angra, por ti, última vez aqui
neste programa,
A vida é para ti,
E a minha voz te aclama.
Angra, um poema aberto em pedra e cal.
Se em cada estrofe pulsa um coração,
Em cada coração nobre e leal,
Amor e fidalguia, em seu brasão!
Rainha do mar alto aberto em luz
Floriu num amplexo o teu regaço...
E a ilha que é de Cristo, o bom Jesus,
Sentiu logo em si um tal abraço...
Nas pedras dos umbrais ou pelas ruas
Escrita a tua história luminosa.
As letras são estrelas e são luas
Em céu de glória eterna e esplendorosa!