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ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

Coelho de Sousa: Variações sobre o Mar-Espelho (III)

DSousa, 27.10.06
Hoje! Nada tão variável nestes Açores como o tempo!
Na hora em que pesponto na sebenta este dizer, o céu está pesado...
As núvens são de cinza...
E a gente sente em nós coberta a alma em pesadelos fundos...
O ar é saturado de não sei que aroma, estrangulando em ais.
Isto é verão, o sol virá, mas enquanto se demora, dá-nos vontade de gritar alto, muito alto...

Ar! Ar!

Abram-se as janelas das nuvens e deixem-no passar.
Não pode ser cinzento o dia que é de sol,
este domingo em Julho...
Parece estar fechada a terra em círculo de orgulho,
que é vesgo e pesa mais que a cruz...
Um dia assim tem cheiros de cadáver...

E é nossa, muito nossa, a vida...

É muito nossa a luz...
Deixem-na passar!...