Coelho de Sousa: Variações sobre o Mar-Espelho (VI)
DSousa, 02.11.06
Ao primeiro dia, mais de três mil,![]()
em frente do Sinédrio incrédulo e deicida...
E quando a cruz for, de ti, como de mim, a herança,
terás subido a encosta deste mundo agónico...
Leva a luz que eu sou no mar da vida,
guardada nesta barca sem ter fenda, a minha igreja...
E os polos hão-de unir-se à margem deste lago de amor
sempre tranquilo, o coração que é meu para te dar...
E as gentes comerão... o peixe assado nas chamas desse lago, que é de fogo...
o coração que é meu para te queimar-
de gozo eternamente.
O mar! Ai o mar,
açorianos, somos os filhos do mar...
Cada ilha é uma barca...
e é margem.
E nós somos quem deve escutar!
e ai de quem não se embarca
para ouvir o Verbo ensinar...