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ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

Coelho de Sousa: Do Mar e da Saudade (I)

DSousa, 27.01.08




DO MAR E DA SAUDADE (I)




Verdadeiramente:
Ninguém poderá viver sem amar.

E quem ama, alguma vez, sentiu saudade.

A saudade é realmente uma constante na vida dos portugueses.

E não será inverosímil afirmar que,
ao dobro,
na vida dos açorianos,
isolados, distantes, perdidos no meio do mar...

Os olhos e o coração na vastidão do oceano que nos rodeia,
na distância dos horizontes que nos limitam.

E é por isso que
 por uma estranha magia,
nessa constância idiossincrática da saudade ,
a presença do mar é contínua e total.

Pois bem, estimado ouvinte,
os versos que hoje vou recitar em

A Vida é Para Ti,

são mais um testemunho dessa constância de mar e saudade,
postas numa porção de redondilhas maiores,
que, há dois dias, me vieram num jacto de maré cheia:

MAR E SAUDADE.


Coelho de Sousa: Variações sobre o Mar-Espelho (VI)

DSousa, 02.11.06
Ao primeiro dia, mais de três mil,
em frente do Sinédrio incrédulo e deicida...


E quando a cruz for, de ti, como de mim, a herança,
terás subido a encosta deste mundo agónico...
Leva a luz que eu sou no mar da vida,
guardada nesta barca sem ter fenda, a minha igreja...
E os polos hão-de unir-se à margem deste lago  de amor
sempre tranquilo, o coração que é meu para te dar...
E as gentes comerão... o peixe assado nas chamas desse lago, que é de fogo...
o coração que é meu para te queimar-
de gozo eternamente.


O mar! Ai o mar,
açorianos, somos os filhos do mar...
Cada ilha é uma barca...
e é margem. 
E nós somos quem deve escutar!
e ai de quem não se embarca
para ouvir o Verbo ensinar...