(...) Estas pinceladas são de vinho de cheiro do Porto Martim ou dos Biscoitos.
Mais as socas cozidas e as favas escoadas.
E mais a roda das saias de «fiampua»,
as calças de tréz,
camisola de linho e barrete de borla.
Que a viola era de arames entre charambas e sapateias.
Ora lendo e relendo estes contos bem medidos normais e vivos que Augusto Gomes começou a reproduzir de si e de todos nós pela alma do povo, há já alguns anos, parece uma súmula mais ou menos habilidosa de reportagens ou casos anedóticos por onde se distila um caudal jocoso e fiel da maneira de ser do nosso povo agarrado que foi a tradições, agora diluídas na intromissão quáse asfixiante dos OCS, emigrações e outras influencias que nos vão desviando do muito belo e útil, de dignificante, individualizante que nos singularizou.
Assim, as coroações, bezerradas e touradas, as matanças e os «reizes», as justiças da noite e as noites de S. João, as danças e os bandos, os bailes e os ranchinhos, as desfolhadas, «que saborosos beliscões», vindimas, casamentos, serões de cardar e fiar, mais as linhas tasquinhadas, mantas de retalhos e sobretudo as maravilhosas colchas de repaço firme e alegrote para bragal de burgueses e agasalho de pobres.
A obra de contos de Augusto Gomes, Perdôe Pelo Amor de Deus, teve prefácio de Coelho deSousa. É esse prefácio que, em d...
. Prefácio de Coelho de Sou...
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