Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

Coelho de Sousa: Espera

DSousa, 15.08.09

 

 


Atenção: Mais páginas de poesia no
padrecoelho.googlepages.com/

 


 

 


 


 

 

Espera

 

Sei que para além da nuvem

Está presente a Montanha...

Mas para além dos teus olhos
Quem será que perde ou ganha?

 

 

É um jogo às escondidas

Ou cabra-cega teimosa!

Pois a vida é o amor

Da alma que não repousa

 

 

 

E depois os ramalhetes

Que trouxe a luz? Não descansa

Minha fronte assim nublada

Sempre à espera da Esperança.

 

 

Pico -  Agosto de 1965

Coelho de Sousa: Espera

DSousa, 21.07.09

 

 


Atenção: Mais páginas de poesia no
padrecoelho.googlepages.com/

 


 

 


 






 

Espera

 

 

Na berma do caminho, sempre à espera

Um passarinho estava noite e dia

Cantava em sol maior de Primavera

A partitura inteira da alegria.

 

Esperando que eu passasse, conhecia

O rumo que levava e quem era

Adivinhava os passos que trazia

O que sonhara em vão e não fizera…

 

 

Agora que morreu o passarinho

A primavera passa mui calada

Sem partitura alegre no caminho

 

Que fique este soneto a relembrar

O canto de uma voz que volveu em nada

Mas que passou a vida à espera

 

17-VII-954

 

Coelho de Sousa: Espera

DSousa, 26.10.08

 

 

 


Atenção: Mais páginas de poesia no
padrecoelho.googlepages.com/
 

 


 

 


 

 

 


 


 

 

 

 

 

Julguei que me esperasse a Primavera
Na hora do regresso.

 

 

(Tenho a mania, confesso,
Que alguém me espera
Sempre que volto...)

 

 

 

Mas isto é sonho solto
Em noite de invernia

 

 

Mentira!

 

 

Junto a um anjo de safira

Esperava-me um dia
Uma rosa já sem brilho
Casada com um junquilho
Irmão da melancolia.

 

 

 

S. Rafael, jan. 1956

 


 

Atenção: Mais páginas de poesia no
padrecoelho.googlepages.com/