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ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

Coelho de Sousa: Romance das mães que choram (VIII)

DSousa, 10.03.08

















E quando, tempo cumprido,
Com licenças de ir a casa
E namoro já firmado
(Que ao amor ninguém resiste).

Quando a mãe já não chorava
Contente do seu regresso,
Veio uma ordem de fora:
Atacaram nossa terra
É preciso defendê-la.


Soldados dizei ao mundo
Que sois dignos dos avós
Que fizeram nossa glória.
Vosso destino é de heróis,
Vossa vida é martírio.

Vamos! Avante ! Coragem
A Pátria pede e espera!



Coelho de Sousa : Ante o Presépio (II)

DSousa, 18.01.08


(II)



Os homens falam de guerra
Falam de crimes e morte...
Fez-se o ódio o pão da terra
Não há mal que não lhe aporte.

Enchem-se os mares de pranto
Cobrem-se os montes de fogo
Cerram-se as valas enquanto
Vidas mortas tombam logo

Nem há vila nem cidade
Nem há homem nem mulher
Que se escape à mortandade
Que os vitima onde quer.

Cai o rico e vai-se o pobre,
O general ou soldado.
Toca ao plebeu e a nobre
Seja quem for é tocado.






Coelho de Sousa: Oito Palavras de Guerra (II)

DSousa, 14.08.07



(II)




Vai sobre a montanha eleita
Carne em dor, alma desfeita,
Ao umbral da vil desgraça.
E então escuta e espera
palavras de primavera,
na revolução da graça


Ouvinte açoriano, porque esperas,
tal como fazem as eras?
Inda te prendes a ti?
Porque te ficas aí,
onde estás
e não vais buscar a paz
que te falta no teu ser?




Nota: Como se pode constatar pela cópia do manuscrito, o texto intercalava as 8 bem aventuranças do  "Mendigo de Deus", de Moreira das Neves, pag.92, que não consegui  encontrar para transcrever.





Coelho de Sousa: Oito Palavras de Guerra (I)

DSousa, 12.08.07



(I)
               




Ouvinte açoriano,
mais uma vez na tua casa
a chama deste programa...
E deixai que ele arda em brasa
nesta ideia que o inflama:

A vida! A vida! é para ti!


Se tu quiseres, ninguém
te há-de roubar esta vida.
Vive-a na luz e no bem
Que a verdade é a guarida
onde a vida, a vida tem...

Podes trazê-la pautada,
Deves trazê-la marcada,
pelo Verbo da verdade:

Uma palavra, do nada
Fez a terra e a tua alma
O teu corpo e a imensidade!
8 palavras de guerra
Trazem de Deus sobre a terra
a doce paz e a calma...