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ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

Coelho de Sousa: Romance das mães que choram (VIII)

DSousa, 10.03.08

















E quando, tempo cumprido,
Com licenças de ir a casa
E namoro já firmado
(Que ao amor ninguém resiste).

Quando a mãe já não chorava
Contente do seu regresso,
Veio uma ordem de fora:
Atacaram nossa terra
É preciso defendê-la.


Soldados dizei ao mundo
Que sois dignos dos avós
Que fizeram nossa glória.
Vosso destino é de heróis,
Vossa vida é martírio.

Vamos! Avante ! Coragem
A Pátria pede e espera!



Coelho de Sousa: 1 de Dezembro, agora (V)

DSousa, 15.12.07




(V)






O sangue dos heróis não se extinguiu
em brumas de passado esmaecido.
Quem há que ainda agora o não sentiu
em rasgos de valor enaltecido?

Vieram sobre nós os lobos da desgraça
E chacinaram corpos, vitimaram gentes.
Horror de fogo e morte, a linda Angola passa.
Mas a alma não se mata. E são veementes

Os gritos de arraial erguidos povo a povo,
Que o mundo todo, todo, os escutou vibrando.
Aqui é Portugal. Ressuscitou de novo
O génio português em glória a triunfando.

E nem a vala aberta a marcha lhe impediu.
E nem o tronco enorme o passo lhe tolheu.
Além denso capim o grito retiniu,
E à Pedra Verde, esp'rança a Pátria enalteceu.

Coelho de Sousa: É esta nuvem de mim...(VI e último)

DSousa, 05.12.07





(VI)




É como se o passado
fora pouco,
agora e tanta vez,
ousado e louco.
Posto em delírio,
o mal em mim refez
o quanto fora asado
em nuvem de martírio.



 

Outrora a heroicidade portuguesa
Cruzou dum pólo ao outro todo o mar,
Agora, são heróis de igual nobreza
Cruzando aos quatro ventos pelo ar.

Outrora foi a cruz das caravelas,
A dilatar o Império e a Fé em Deus,
Agora a mesma cruz sobe às estrelas
E em asas de aviões domina os céus!


Oh! raça lusitana, oh! gente forte,
Vencendo em mil batalhas, mil vitórias,
Por terra e mar e ar, embora a morte,
és grande nobre. Aqui as tuas glórias !