Coelho de Sousa: Aquele Adeus era de Irmãos (XII e último)
DSousa, 04.11.07
(XII)
E dois dias se passaram!
Frei Bento chega à janela...
- Em pleno dia, uma estrela!
É ela! É ela!
- Branca pomba que vôa!
Lá tão alto para o céu!
Deus meu! Deus meu!!
É ela! É ela..
.
Vai buscar divina c'roa
merecida
Por quem traz a alma acesa,
em teu amor
tua vida
Oh! Senhor!
Escolástica, Senhora irmã, já morreu...
Oh! Santa, vela por mim
lá do céu eternamente,
até que volte a encontrar-te
no amor, na vida... sem fim.
Para a maioria dos leitores que não terão conhecimento dos factos que estão na origem deste texto de Coelho de Sousa, aqui se reproduzem, tal como vêm descritos na Enciclopédia Verbo:
"Santa Escolástica,Monja, irmã de São Bento (c.480-c.547) Segundo os "Diálogos" de São Gregório Magno, teria sido consagrada à vida religiosa desde a infância, e veio a habitar com outras monjas perto do Mosteiro de Monte Cassino. Encontrava-se de vez em quando com o irmão para conversarem de assuntos espirituais. Numa ocasião obteve do céu uma tempestade para prolongar o colóquio espiritual. Três dias depois, São Bento viu a sua alma subir aos Céu em forma de pomba, e mandou enterrá-la no seu próprio túmulo".