Feliz o homem...
Feliz o homem rico duma ideia certa
acesa sobre o monte e a cidade aberta.
Se a firme esperança retida
Na cubagem do meu ser
Não me amarrasse esta vida
Como seria o morrer?
Pródigo de ir e voltar
esfarrapado: confesso,
no sentir da vida o mar
Contra a rocha e o avesso...
E depois de anel no dedo,
Sentado à mesa e refeito,
fica a sombra do degredo
a descansar no meu peito.