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ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

Coelhode Sousa: No primeiro dia em que vi nevar(II)

DSousa, 03.07.08

 

 

Atenção: Mais duas novas páginas de poesia no
padrecoelho.googlepages.com/
 

 


 

 




 

Cai a neve sobre os ninhos

 

morrerão de frio todos!
Sobretudo os mais novinhos.
 

Se eu tivera braseio para levar-lhes,
Gostariam certamente...
Pois quem não gosta de um beijo,

Que não seja de traição?

 

Mas nada tenho que dar-lhes
A não ser meu coração!
e o meu amor que pobremente agasalha...
Mesmo assim,
Com tanto frio que faz
Será bom pano de mortalha!

 

Passarinhos! Coitadinhos!

 

Salamanca 19-XI-952

 


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Coelho de Sousa: No primeiro dia em que vi nevar(I)

DSousa, 01.07.08

 

 

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No primeiro dia em que vi nevar...

- Aos passarinhos -

 

Tenho dó dos passarinhos,

Coitadinhos!

Com este frio - está nevando -
Como podem ir voando ?

 

Coitadinhos!

 

Das árvores, as folhas levou-as o vento...
Outono velho, inverno à porta!
Onde irão buscar abrigo?

Coitadinhos!

 

Se viessem ter comigo...
Mas têm medo de mim.
 

(Todos têm medo de mim...)

 

E asim com tanto nevar
Poderão eles cantar?

 

Talvez cantem a chorar...
 

Coitadinhos!

 

( Também eu choro a cantar
E canto para não chorar!...)

 


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Coelho de Sousa: A neve e o mar

DSousa, 05.05.08









Anda a neve sobre o mar
a brincar com as salsas águas
seus segredos a contar
E desfazer suas mágoas!

E o mar num galanteio
De atrevido namorado
Dá-lhe um beijo,gesto feio
E um abraço apertado


Oh! neve branca d'altura
Volta para as serranias.
Se no mar buscas ternuras
Nas ondas tens agonias

Dos montes branco chapéu
orvalhado pelo luar
Sobe, sobe, para o céu
E não desças para o mar!

Não lhe digas teus segredos
Não lhe contes tuas penas
vai contá-las aos penedos
Ou vai com eles chorar...



É assim que também faço...
Uno todos os segredos
Que tenho, em níveo laço
E conto-os aos penedos...

Por isso neve d'altura
Volta para as serranias
Junto ao mar, só amarguras
Junto ao céu, mil alegrias
.