Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural
Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural
Quando tudo no mundo, alegre, ri e canta Eu sinto dentro de mim vontade de chorar. Queria ser alegre, mas a vontade é tanta Que sem chorar não passo, menos sei cantar!
Oh! Deus cuja bondade é infinita e santa Não sou igual aos outros, não, ouso afirmar Não sou melhor. Por ser pior isso me espanta. Mas só a culpa é minha. Não posso a vós culpar.
Melhor do que eu, sabeis porque a tristeza vem Morar dentro mim e logo chorar faz Estes errantes olhos, tristes pecadores.
É que eu ousei perder da vossa graça o bem Troquei pela desgraça o dom da vossa paz Desprezei o vosso amor querendo outros amores.
Nesta entrada de 11 de Novembro do passado ano 2007, em que se listavam os textos constantes do caderno de originais de Coelho de Sousa, datados de 1961 e de 1962, que tenho vindo a utilizar desde então, consta a referência a um programa de rádio com o subtítulo Ante o Presépio. Por se tratar de um texto muito breve, resolvi publicar sob este subtítulo um outro texto do mesmo caderno, também curto, mas sem título e de temática enquadrável no anterior. O texto Ante o Presépio tem a data de 4 de Janeiro de 1962, antevéspera do chamado dia de Reis, que ocorre a 6 de Janeiro.
(I)
Na antevéspera dos Reis, estes poemas saberão como despedida ao Natal.
Como pastor ou Rei, cada um de nós sente a divina atracção do Presépio.
Ouvimos os anjos no Glória...
Olhamos a estrela nos céus
e vamos adorar o bom Jesus, nosso Deus.
Com a alma enegrecida pela culpa original ou quantas mais nos pesem, abeirememo-nos do presépio, osculemos o menino, suplicando o seu perdão de amor.