Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

ÁLAMO ESGUIO

Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural

Coelho de Sousa: As pedras...

DSousa, 09.07.09

 

 


Atenção: Mais páginas de poesia no
padrecoelho.googlepages.com/

 


 

 


 







 

 

 

As pedras solitárias do mar de S. Mateus,

Negras, duras

Estão gritando: o seu aos seus, a Deus!

E, de roldão, sargaços babam as pedras

Negras, duras

Intransigentes, belas, solitárias, fortes

Mas sua voz não morre… Aos seus!

Eu creio na verdade-jovem destas pedras

Negras, solitárias, duras

Intransigentes, fortes…

 

E vamos de mãos dadas fazer

Das pedras negras, duras, intransigentes, belas,

O porto onde o amor desembarca e desembarcam ideais

Que o mar

É de quem sofre por amar

o seu e os seus.

 

Coelho de Sousa: Do Mar e da Saudade (VI)

DSousa, 06.02.08




DO MAR E DA SAUDADE (VI)




E nunca mais atirei
Pedras ao mar sempre igual.
Só ao meu atiram pedras
Por ser bem e por ser mal.

Pois que atirem pedras tantas
Para martírio da gente.
Há-de vir depois a calma
Com ilhas e continente.




Nota: Como se pode constatar pelo original acima, este texto está a ser publicado na internet, 46 anos e 3 dias depois de ter sido escrito.


Coelho de Sousa: Do Mar e da Saudade (II)

DSousa, 29.01.08


Atirei pedras ao mar
Sem o mar me fazer mal.
Quanto mais pedras atiro
Mais o mar se fica igual.

Quantas pedras atirei
Todas se foram ao fundo.
Só não lhes posso atirar
Pedras que me atira o mundo...


Neste jogo de pedrada
Cada pedra cai na água.
Umas  caem sobre o mar
Outras nas ondas da mágoa.


Mas o mar é sempre o mesmo
Por mais pedras que a onda leve.
Porém, eu, de tanta pedra
Sinto já a vida breve.

Coelho de Sousa:Angra, poema aberto em pedra e cal (I)

DSousa, 13.08.06

Angra, por ti, última vez,
Angra, por ti, última vez aqui
neste programa,
A vida é para ti,
E a minha voz te aclama.

 

Angra, um poema aberto em pedra e cal.
Se em cada estrofe pulsa um coração,
Em cada coração nobre e leal,
Amor e fidalguia, em seu brasão!

 

Rainha do mar alto aberto em luz
Floriu num amplexo o teu regaço...
E a ilha que é de Cristo, o bom Jesus,
Sentiu logo em si um tal abraço...

 

Nas pedras dos umbrais ou pelas ruas
Escrita a tua história luminosa.
As letras são estrelas e são luas
Em céu de glória eterna e esplendorosa!