Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural
Tributo à memória e à obra religiosa, artística e cultural do P.e Manuel Coelho de Sousa (1924-1995), figura cimeira da Igreja e cultura açoriana do século XX, como padre, jornalista, poeta, professor, orador, escritor,dramaturgo e animador cultural
Ao longo dos caminhos que tu trilhas, levando nos teus ombros as pesadas bilhas de tantos afazeres e cuidados; que ás vezes te atormentam em profunda mágoa, tu sentirás por certo, ânsias de beber água... Tu não podes, não deves morrer à sede... pede... pede:
Senhor! Senhor! dá-me de beber...
Ouvinte,
Sei lá se tu és pai, cansado no trabalho, Sei lá se tu és mãe, chorando algum desgosto, Sei lá se tu és filho ou filha sem pensar na vida, ou criancinha loira e entretida a brincar com o boneco frágil,
Não tenhas medo:
Vai junto Dele... à beira do seu poço E diz-lhe o teu segredo...
As notas desta música hão-de ser as pedras para o teu passar. E hás-de ter guarida muito além do mar e muito além de ti, na casa do amor que nasce e morre...
Vamos... Deixa o teu amigo e leva só contigo as notas do concerto que ainda estás a ouvir...
E deixa a tua casa, E deixa tudo o mais que te prendeu à terra... Cuidados que te põem em brasa o coração, O vinho que bebes e encerra a perdição, E se tens fome, o pão do céu terás, E se tens sede, a água que dá a paz tratando toda a mágoa, encontrarás...