Coelho de Sousa: Romance das mães que choram (XVII e último)
Romance das mães que choram (XVII)
O pão de esmola está comendo,
E dorme o sono breve dos proscritos
E tantos o odeiam sem razão...
O seu passado, o seu presente, chora
E do futuro ainda mais os fitos
Ninguém pode calar o coração.
Bom ouvinte, já contei
Romance das mães que choram.
Para honrar todas as mães
Que choraram nesta vida...
A vida que é para ti
Feita de prantos e dores
Mas que um dia já sem pranto
Há-de ser eterno gozo.